terça-feira, 30 de março de 2010

Se sentires




Se sentires

Se um dia sentires dentro de ti
Um imenso e solitário vazio
Andares como se fora um zumbi
No corpo desmedido calafrio,
Não tenhas medo, é tão somente
Arrependimento um tanto tardio
Por teres abandonado amor decente
Em busca de prazeres do mulherio
Que hoje reconheces decadentes
De sentimentos doentios, vadios.
Sofres por teres sucumbido à tentação
Sombrio, triste hoje está teu coração;
Nada mais a fazer: Só te resta sofrer!
©Marlène Tavares
A Palita

quinta-feira, 25 de março de 2010

Amor falso e fingido



Amor falso e fingido


A boca que me beijava
Era a mesma que me mentia.
O amor que me juravas
Era pura e tão somente fantasia.

Gostosos os beijos que davas,
Como saber, que tu fingias?
De ti fui tua branca escrava
Acreditando em tuas mentiras.

Era tudo um falso e triste jogo
Um amor muito perigoso.
Da vida verdadeira heresia

Quando me amavas, e beijavas
Em tua boca o mel misturavas
Com o fel de tuas mentiras!

© Marlène Tavares
A Palita
Niterói, 25/03/2010




Amor fingido


Onde foi parar a paixão
Tão grande e tão falada?
Comparada a uma flor
Já agora despedaçada!

Se o amor nos enleva
E afasta de nós a treva
É bom para você e para mim
Seguirmos juntos a um mesmo fim.

Triste é pensar, é saber
Que foi tudo mentira.
Se existiu não posso crer
Já que tinha outra em sua mira.

Quedo-me em silêncio, na amargura
Fingindo total indiferença,
Pois nessa minha loucura
Sobra uma dignidade; Imensa!
©Marlène Tavares
A Palita

As flores não voltarão.



As flores não voltarão.

No meu jardim flores não nascem.
Alguém desatinado que bondade não tem,
Jogou na pobre terra, um punhado de sal.
Pessoa imperfeita cheia do mal!
Assim também está meu coração.
Amor não nasce mais, perdeu a emoção.
Pobre será o seu futuro escuro.
Castigo de amar “pseudo” poeta impuro.


Procuro na vida a Aurora, não a Boreal,
Mas o inicio da vida, a minha vida
Que em todos os sentidos sempre foi leal.
Porém nada em mim aflora,
Nada palpita mais dentro de mim,
Parece-me que cheguei ao fim!
Tudo foi embora, a música não é mais sonora
Não é mais a vida que levava outrora.
Até a poesia nem mais me cativa,
Não sei ao certo se estou viva!
Somente o que sei é que:
MALDIGO; quem me fez ficar assim!
Será maldito até o seu já próximo fim!
© Marlène Tavares
A Palita

quarta-feira, 17 de março de 2010

algumas quadrinhas


Pelo mundo!

Sai pelo mundo
A procura de mim
Pensamento profundo
Acabei no botequim!
Gente não me amole...
Eu me achar é tão ruim.
Tomo só mais um, e outro gole,
e esqueço tudo num segundo.
©Marlène Tavares
a Palita

Entalo

De tanto que falo
Sem nada dizer
Um dia eu entalo
Sem palavras comer.
©Marlène Tavares
a Palita

Desgraceira

Me diga seu moço,
se amar é besteira.
Parece tremendo colosso,
depois é só desgraceira.
©Marlène Tavares
a Palita

segunda-feira, 1 de março de 2010



















O beijo

O beijo que eu te dei, não foi um beijo qualquer.
Foi beijo molhado, daqueles que nos penetram.
Foi beijo, que vai fundo na alma, que nos faz aquecer.
Tira de nós o sossego, deixando-nos completamente sem ar.
No coração direto nos acertam, queremos reclamar.
Falar, e só conseguimos; PEDIR MAIS!
©Marlène Tavares




a Palita

Paixão




Paixão

Tu achaste que podias me esquecer.
Tentou, ficou só querendo imaginar,
Com uma borracha, o amor que sentias apagar.
Foi por isso, que não mais me quisestes ver.
Sem minha presença, não conseguistes mais amar.
Hoje já descrente, vives triste a sofrer.
Em outras, não conseguistes me encontrar.
Eu de minha parte, por ti não tenho mais atração.
Sofri muito, mas com muita paciência,
Acabei de vez, com minha triste solidão.
Lembro-me sequer, da tua existência.
Não mandas mais, nem estas no meu coração.
Para mim, chega! Não quero mais tua querença!
© Marlène Tavares a Palita