quinta-feira, 6 de maio de 2010

Formosa




Formosa

Formosa é a lua que me olha
Vendo-me sem rumo sem ninho
Procura para mim um caminho
Escondida nas nuvens chora.
Pelo poeta de sonhos consumido
Tenta nessa vida dar um sentido,
Alegrar com sua luz quem triste vive,
Só encontra no poeta um declive.
Não existe esperança nem salvação
Desesperada a lua vai embora,
Deixando para o sol quem sabe
Do poeta a transformação.
Um milagre, um amor que apareça.
Para de o poeta acalmar o coração.
©Marlene Tavares
(a Palita)
Niterói,06/05/2010

segunda-feira, 26 de abril de 2010




Eu posso...

Eu posso chamar eu posso bem alto gritar
Ninguém me atende, pois ninguém me ouve.
Somente o eco me escuta e responde.
Quem sou eu? Eu não sou ninguém!
Sou alma vazia, sou alma penada
No tempo perdida dos outros, escondida.
Sou quem procura amor e não acha
Sou quem acha ódio e não o procura.
Minha validade está vencida, mas esquecida.
Estou no mundo perdida! Estou sem guarida!
©Marlène Tavares
(a Palita)

sábado, 24 de abril de 2010



Promessas...


Suas promessas passam
Como fumaça se esvai.
A máscara cai!


©Marlène Tavares
(a Palita)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Coração Vazio.




Coração Vazio.

Meu coração hoje está vazio
Sentindo-se pela vida, magoado
Dentro de um corpo, estático, frio.
Coração da vida muito, cansado,
Num arrependimento tardio.
Sem ter a coragem de reagir,
Não enfrenta da vida o desafio,
Deixa a alma do corpo; exaurir!

© Marlène Tavares
(a Palita)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A tua maldade!






A tua maldade!



Um dia em ti acreditei, fui sentimental
Tu foste falso, mentiroso, até cruel.
A mim tu somente fizeste foi o mal,
Cobriste a mente doentia debaixo de véu.



Amar-te foi o meu tremendo castigo
Inocente julgava-me feliz, até venturosa
Sabendo quem tu és, tua ida; bendigo!
Saiu de mim aquela nuvem nebulosa.



Por ti nunca fui querida e nem amada
O que veio de ti foi somente falsidade
Talvez eu seja também de tudo culpada



Por no teu amor ter sido tão crente
Não vi de ti a capacidade da maldade
Agora... De tudo tenho imensa descrença!



©Marlène Tavares
(a Palita)

sábado, 17 de abril de 2010



Tudo mudou


Hoje já não é como a vida que eu vivi
Tudo está sem rumo, tudo mudado.
Todos me parecem ser como zumbi
Andando de modo e jeito assustado.


Das flores de outrora agora só raiz
Acabaram-se todos os meus sonhos
Não encontro mais a minha diretriz
Fica em mim um olhar vago, tristonho.


Nessa hora vejo que eu já te esqueci
Que tudo que sofri foi tão inutilmente
Pois sequer já nem penso mais em ti


Ficou num passado deveras distante
Pois na vida chegastes a ser um acidente
Que nela entrou de modo fulminante!
© Marlène Tavares
(a Palita)




Grande Amor

Um tão grande amor sincero e verdadeiro
Cantado em prosas e versos, pelos seresteiros.
Em toda plenitude a minha alma sufoca e corta
Ao vê-lo devagar saindo pela minha porta.
Grito em aflição, não me deixe nessa solidão
Lágrimas caem no chão, partem do meu coração.
Deito, espero na cama que me chegue o sono
Ele não vem, mostra-me que é total o abandono.
A tristeza cruel, sufocante que em mim existe
Está nos lençóis frios, desde o dia em que partistes.
©Marlène Tavares
(a Palita)
Niterói,17/04/2010

quinta-feira, 15 de abril de 2010



Poeta


O poeta conhece a dor do mundo
Sabe o que é felicidade, saudade...
Dentro de si tem um sentimento
Profundo, não esquece um segundo,
Das tristezas, da tão falada felicidade.
Está na alma bem dentro, no fundo
Da vida o seu total conhecimento...
Contente ou também descontente
Nas mentiras ou verdades que diz
Muitas vezes até da vida descrente.
Se não é feliz, também não é infeliz.
Sente-se apenas do mundo confidente,
Amado por uns, por outros, desprezado
Sabe que seja como for, viver não é pecado
Nada disso importa, é simplesmente poeta
Segue uma trilha, faz no caminho a sua reta.
[É e sempre será somente mais um poeta! ]
©Marlène Tavares
(a Palita)

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Saudade




Saudade
A saudade não se despede
Em nós fica sempre presente.
Foi-se o amor, foi-se a amizade
Sentimos que está tudo perdido.
Sentimento não se repele
Está no coração e na mente
Em nossa imensa ansiedade
Na saudade, do que foi vivido.
©Marlène Tavares
(a Palita
)

Diminutas








Veneno



Aquela alegria
Que me ofertavas
Veneno que me mataria.
© Marlène Tavares
(a Palita)




Hipocrisia



A tua hipocrisia
Nem imaginas;
Pagarás um dia!
©Marlène Tavares
(a Palita)




Destino

Destino que não tem cor
Sofre a mente,
Da vida; Fico descrente!
©Marlene Tavares


( a Palita)




Promessas



Promessas mentirosas
Carregam amarguras.
Não trazem ternuras.
©Marlène Tavares
( a Palita)


sexta-feira, 2 de abril de 2010

Quando eu o amei



Quando eu o amei

O tempo em que eu o amei e quis
Foi sonho? Quem sabe foi fantasia!
Não lembro se cheguei a ser feliz.
Dele só lembro; A tremenda covardia.

Em um dado momento, foi mal de raiz
Sentia que era amor o que eu queria
Sem com palavras saber como se diz
Nos beijos dados, com amor eu dizia.

Fui tão inocente, tão pura e ingênua
Não li em seus olhos que era só desejo
Queria apenas que eu fosse toda sua.

Quem pode nessa vida adivinhar
De alguém o seu tremendo ensejo
Quando só o que queremos; É amar!
©Marlène Tavares
A Palita

terça-feira, 30 de março de 2010

Se sentires




Se sentires

Se um dia sentires dentro de ti
Um imenso e solitário vazio
Andares como se fora um zumbi
No corpo desmedido calafrio,
Não tenhas medo, é tão somente
Arrependimento um tanto tardio
Por teres abandonado amor decente
Em busca de prazeres do mulherio
Que hoje reconheces decadentes
De sentimentos doentios, vadios.
Sofres por teres sucumbido à tentação
Sombrio, triste hoje está teu coração;
Nada mais a fazer: Só te resta sofrer!
©Marlène Tavares
A Palita

quinta-feira, 25 de março de 2010

Amor falso e fingido



Amor falso e fingido


A boca que me beijava
Era a mesma que me mentia.
O amor que me juravas
Era pura e tão somente fantasia.

Gostosos os beijos que davas,
Como saber, que tu fingias?
De ti fui tua branca escrava
Acreditando em tuas mentiras.

Era tudo um falso e triste jogo
Um amor muito perigoso.
Da vida verdadeira heresia

Quando me amavas, e beijavas
Em tua boca o mel misturavas
Com o fel de tuas mentiras!

© Marlène Tavares
A Palita
Niterói, 25/03/2010




Amor fingido


Onde foi parar a paixão
Tão grande e tão falada?
Comparada a uma flor
Já agora despedaçada!

Se o amor nos enleva
E afasta de nós a treva
É bom para você e para mim
Seguirmos juntos a um mesmo fim.

Triste é pensar, é saber
Que foi tudo mentira.
Se existiu não posso crer
Já que tinha outra em sua mira.

Quedo-me em silêncio, na amargura
Fingindo total indiferença,
Pois nessa minha loucura
Sobra uma dignidade; Imensa!
©Marlène Tavares
A Palita

As flores não voltarão.



As flores não voltarão.

No meu jardim flores não nascem.
Alguém desatinado que bondade não tem,
Jogou na pobre terra, um punhado de sal.
Pessoa imperfeita cheia do mal!
Assim também está meu coração.
Amor não nasce mais, perdeu a emoção.
Pobre será o seu futuro escuro.
Castigo de amar “pseudo” poeta impuro.


Procuro na vida a Aurora, não a Boreal,
Mas o inicio da vida, a minha vida
Que em todos os sentidos sempre foi leal.
Porém nada em mim aflora,
Nada palpita mais dentro de mim,
Parece-me que cheguei ao fim!
Tudo foi embora, a música não é mais sonora
Não é mais a vida que levava outrora.
Até a poesia nem mais me cativa,
Não sei ao certo se estou viva!
Somente o que sei é que:
MALDIGO; quem me fez ficar assim!
Será maldito até o seu já próximo fim!
© Marlène Tavares
A Palita

quarta-feira, 17 de março de 2010

algumas quadrinhas


Pelo mundo!

Sai pelo mundo
A procura de mim
Pensamento profundo
Acabei no botequim!
Gente não me amole...
Eu me achar é tão ruim.
Tomo só mais um, e outro gole,
e esqueço tudo num segundo.
©Marlène Tavares
a Palita

Entalo

De tanto que falo
Sem nada dizer
Um dia eu entalo
Sem palavras comer.
©Marlène Tavares
a Palita

Desgraceira

Me diga seu moço,
se amar é besteira.
Parece tremendo colosso,
depois é só desgraceira.
©Marlène Tavares
a Palita

segunda-feira, 1 de março de 2010



















O beijo

O beijo que eu te dei, não foi um beijo qualquer.
Foi beijo molhado, daqueles que nos penetram.
Foi beijo, que vai fundo na alma, que nos faz aquecer.
Tira de nós o sossego, deixando-nos completamente sem ar.
No coração direto nos acertam, queremos reclamar.
Falar, e só conseguimos; PEDIR MAIS!
©Marlène Tavares




a Palita

Paixão




Paixão

Tu achaste que podias me esquecer.
Tentou, ficou só querendo imaginar,
Com uma borracha, o amor que sentias apagar.
Foi por isso, que não mais me quisestes ver.
Sem minha presença, não conseguistes mais amar.
Hoje já descrente, vives triste a sofrer.
Em outras, não conseguistes me encontrar.
Eu de minha parte, por ti não tenho mais atração.
Sofri muito, mas com muita paciência,
Acabei de vez, com minha triste solidão.
Lembro-me sequer, da tua existência.
Não mandas mais, nem estas no meu coração.
Para mim, chega! Não quero mais tua querença!
© Marlène Tavares a Palita

sábado, 27 de fevereiro de 2010




Dia de DAR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Naquele dia, quando acordou, tomou seu café e foi abrir seus emails,
logo levou um susto, não sei qual foi a lei mas lá estava tinha sido instituído o dia de dar, e era hoje! Ligou o rádio e a televisão e lá a mesma noticia hoje era o dia de dar.
MEU DEUS!!!!!!!!!!!!! Ela teria que dar!
Que fazer? Com sessenta e sete anos, o tempo pesa. E como pesa
Bem, é verdade, que seus sessenta e sete anos na balança não pesavam muito.
Eram bem distribuídos nos seus, um metro e cinqüenta e sete de altura.
Não, agora que já encolhera devia ser só um metro e cinqüenta e cinco, pensou.
A velhice também faz com que se fique mais egoísta e não se queira dar, só se gosta mesmo é de ganhar. Principalmente bombons.
Não! Não teria escolha ordens são ordens e ela teria que dar!
Tomou banho, vestiu um vestido simples, porém charmoso, e foi explicar ao porteiro que era dia de dar.
O porteiro imediatamente foi ao seu apartamento, e pelo seu rosto feliz depois que ela lhe dera, devia ter gostado muito!
Em seguida ela foi até ao jornaleiro, um italiano de meia idade ainda muito fogoso, que ao saber que era dia de ela dar, logo se interessou.
E ela também deu ao jornaleiro.
Chegou a uma triste conclusão, de graça até injeção na testa todo mundo quer!
Depois, achou que já dera o suficiente, e a lei não dizia que se teria que dar muito.
Pensou, já dei o suficiente, e até que não foi tão pesaroso.
Ficou sem o seu relógio que deu para o porteiro, sem o seu livro mais querido que o jornaleiro recebeu com muito gosto.
Bem cumpriu com a lei era para dar e ela dera!
© Marlène Tavares a
Palita
Coisas da vida.
( Tem muita gente querendo que eu de outras coisas mais)
Pensou logo em bobagem, kkkkkk , não minta, pensou!!!!!
(Imagem tecebida em grupo de trocas)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O QUE SIGNIFICA SER POBRE






Enquanto não coloco o segundo capítulo de conhecimento de pessoas, fiquem com essa maravilhosa lição de vida. Recebi por email e não dizia a autoria se você souber por favor me avise para que eu de os créditos do autor. Obrigada Marlène Tavares




O QUE SIGNIFICA SER POBRE

Um pai, bem de vida, querendo que seu filho soubesse o que é ser pobre, levou-o para passar uns dias com uma família de camponeses
O menino passou 3 dias e 3 noites vivendo no campo.
No carro, voltando para a cidade, o pai perguntou:
- Como foi sua experiência? -Boa, responde o filho, com o olhar perdido à distância.
E o que você aprendeu? Insistiu o pai.
1 - Que nós temos um cachorro e eles têm quatro.
2 - Que nós temos uma piscina com água tratada, que chega até a metade do nosso quintal. Eles têm um rio sem fim, de água cristalina, onde tem peixinhos e outras belezas
3-Que nós importamos lustres do Oriente para iluminar nosso jardim, enquanto eles têm as estrelas e a lua para iluminá-los.
4 - Nosso quintal chega até o muro. O deles chega até o horizonte
5 - Nós compramos nossa comida, eles cozinham.
6 - Nós ouvimos CD's... Eles ouvem uma perpétua sinfonia de pássaros, periquitos, sapos, grilos e outros animaizinhos...
...tudo isso às vezes acompanhado pelo sonoro canto de um vizinho que trabalha sua terra.
7 - Nós usamos microondas. Tudo o que eles comem tem o glorioso sabor do fogão à lenha.
8 - Para nos protegermos vivemos rodeados por um muro,com alarmes... Eles vivem com suas portas abertas, protegidos pela amizade de seus vizinhos.
9 - Nós vivemos conectados ao celular, ao computador, à televisão. Eles estão "conectados" à vida, ao céu, ao sol, à água, ao verde do campo, aos animais, às suas sombras, à sua família.
O pai ficou impressionado com a profundidade de seu filho e então o filho terminou:
- Obrigado, papai, por ter me ensinado o quanto somos pobres!
Cada dia estamos mais pobres de espírito e de observação da natureza, que são as grandes obras de Deus.
Nos preocupamos em TER, TER, TER, E CADA VEZ MAIS TER, em vez de nos preocuparmos em apenas "SER".
Tenha sempre dias maravilhosos. Se você gostou envie esta lição de vida a seus amigos


domingo, 14 de fevereiro de 2010

Carnaval desfile na Avenida!




Carnaval desfile na Avenida!

Carnaval e Jorge naquela tristeza de dar dó. Nada o alegrava, nem uns carinhos da Maria sua mulher, nem os beijos dos filhos, nada! Só aquela fisionomia triste!
Tão diferente do Ano Passado, quando acordou delirante, ansioso que logo chegasse a hora de desfilar.
Ninguém compreendia aquela tristeza, Jorge gostava tanto de carnaval.
Jorge com seus pensamentos, lá no fundo do íntimo sabia o porquê estava triste.
Será que ninguém compreendia que o ano passado saiu fantasiado de Rei?
Era fantasia, e deu duro o ano inteiro fazendo biscates para poder pagar a fantasia.
Esse ano não precisou fazer nada de diferente para comprar a fantasia, ele ia sair de palhaço.
Não que desmerecesse os palhaços, ao contrário gostava dos palhaços profissionais.
O que ninguém compreendia é que para ele não era fantasia, ele já se sentia palhaço na vida, todos o faziam de palhaço.
Na própria escola em que desfilava qualquer defeito elétrico logo gritavam:- chama o Jorge que ele entende do negócio.
Entendia mesmo tinha curso de eletricista do SENAC, diplomado.
Porém ninguém falava em pagá-lo afinal desfilava pela escola, mas pagavam ao figurinista, ao compositor da música e a outros que trabalhavam pelo desfile e a ele nada! Então isso não era ser palhaço ao aceitar essa condição.
Na escola dos filhos a mesma situação, com toda a sua família eram iguais, chama o Jorge e depois damos umas cervejas.
Ele sempre ao aceitar essa situação não era um palhaço da vida?
Ele não sairia fantasiado ele era o próprio palhaço da história.
No ano passado sim foi fantasiado de Rei, nunca fora nem nunca seria, nem do futebol como foi o Rei Pelé, da música o Rei Roberto Carlos. Ele nunca foi nem nunca seria Rei de nada então era fantasia, saíra fantasiado de Rei, por alguns momentos foi Rei e como tal se sentira.
Agora ia se sentir como toda vida se sentiu Palhaço!
Disse a Maria que ia tomar banho, pediu a fantasia para levar para o banheiro.
Sua mulher retrucou que era cedo demais para vestir a fantasia.
_”Não discuta comigo, traga- me a fantasia!”
Maria assim o fez.
Jorge entrou no banheiro não tomou banho, vestiu a fantasia, barbeou-se, viu-se no espelho e achou que estava bom.
Como bom eletricista que era desencapou uns fios, abriu o chuveiro e vestido de PALHAÇO entrou debaixo da água, morreu eletrocutado na hora!
Morreu como sempre viveu PALHAÇO só que dessa vez vestido do que sempre fora.
Acabou para sempre o carnaval para o Jorge.

© Marlène Tavares
A Palita
Niterói,14 de fevereiro de 2010

Nota da autora: eu também me sinto palhaça na vida e já me retratei como tal e fiz poema em cima da pintura que fiz de mim.



quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Fui ao Banco!



Fui ao Banco!

Nada de mais em se ir ao banco, mas eu sou da terceira (talvez última) idade
Em Niterói onde moro um calor de mais de 40º graus, banco só abre depois das dez não adianta tentar ir mais cedo quando ainda não está tão quente.
Eu estou doente dos rins, nefrite, pés inchados, cheia das dores. Pago minhas contas pelo telefone para não ter que ir ao Banco.
Porém o dinheiro acaba e só mesmo indo ao Banco para pegar o dinheiro. A faxineira não aceita cheque, que pena!
Eu vou ao caixa não tenho agilidade para digitar, desde que tive a isquemia, por isso enfrento a fila dos idosos.
Nos caixas eletrônicos também tem fila então é tudo igual, o que diferencia é a maldita porta giratória.
Pois bem fui passar por ela e ela PI,,pi ..pi . O guarda pediu que eu tirasse o relógio chaves da bolsa e qualquer material de metal. Tirei o relógio e coloquei logo a bolsa com tudo na tal caixa em que mandam que coloquemos. Eu estava simplesmente vestida e de chinelo devido aos pés inchados. Vestidinho pode se dizer até pobrezinho, mas foi o mais fresquinho que encontrei no armário.
Vou passar pele porta e PI..pi..pi
Não é possível, digo ao guarda do banco a porta deve estar com defeito.
Ele cinicamente me pergunta (Cinicamente por que não respeitam os idosos para eles nós somos motivos de chacota.)
- A Senhora não está com alguma peça intima que tenha metal?
Respondo que não.
-Vamos tentar de novo, diz ele.
Lá vou eu e a maldita porta PI..pi..pi..
- Tem certeza que não está com peça íntima que contenha metal?
Eu já enfurecida digo a ele: - Não estou e o Senhor não vai querer que tire minha roupa, Olhando para a cara dele e já gozando da cara do infeliz disse; - pode ser uns pregos que engoli ali na esquina, antes de vir para o Banco. O Senhor não está vendo que a porta está com defeito.
Ele então abre a outra porta para pessoas em cadeiras de rodas para eu entrar.
Nessa altura do campeonato eu irritadíssima pego minha senha de idoso e fico a esperar minha vez.
Quando chamam o meu número digo quanto quero tirar, mostro o cartão, tudo normal. A caixa que não é a mesma que sempre atendeu aos idosos agora é uma patricinha vestida de marca, olha para minhas roupas, meu cabelo que não pinto, deve ter lembrado a porta que apitou e pergunta. –Esse cartão é seu?
Respondo que sim. De novo me olhando bem e ao cartão torna a perguntar. - A Senhora tem certeza que esse cartão é seu?
Aí não me contive, quase aos berros disse:- Não! Não é meu! Acabei de roubar ali na esquina quando engoli os pregos que fez a porta apitar,
O guarda não viu, mas tenho um 38 aqui na bolsa para dar tiro na cara de mocinhas que me fazem perguntas idiotas. Acha que por estar humildemente vestida e não de roupa de marca não posso ter um cartão internacional? Talvez você com toda essa pose, não tenha um, mas eu trabalhei muito nessa vida e por isso tenho meu cartão que me dá direitos especiais.
Nessa altura o Banco inteiro ( a agência é pequena) já estava as gargalhadas, o gerente veio correndo me pediu desculpas retirou ela do caixa imediatamente e ele mesmo me fez o pagamento.
Ao sair o guarda não pensou duas vezes abriu a porta para deficientes e eu fui-me embora.
Nesse País o que dão valor é a aparência. Triste País esse meu!
© Marlène Tavares
a Palita.






Brasil

Brasil terra dos deuses.
Dos deuses de pé no chão,
dos deuses a procura do pão.
Dos deuses cheios de fome,
dos deuses que não comem,
por não terem o que comer.
Deuses que teimam em não morrer!
Dos deuses esfarrapados,
dos deuses maltratados
dos deuses da Pátria; escorraçados!
Dos deuses pobres, infelizes,
tristes, cansados, esfomeados.
Dos deuses que só possuem de seu
a fé que possuem em DEUS.

© Marlène Tavares
a Palita

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Velho Vota!




O voto do velho tem igual valor ao voto do jovem.
Descobri que é por isso que o velho, (deveria dizer idoso, mas direi velho mesmo) faz tanta questão de votar!
É quando ele sente que tem valor, seu voto vai fazer presidentes, governadores, senadores, deputados, prefeitos, vereadores.
Afinal ele sente-se importante!
Vai votar esteja chovendo, fazendo calor infernal, mas vai votar!
Uns vão em cadeiras de rodas, outros se amparando em alguém, mas estão lá presentes.
Os que têm mais de setenta anos pela lei nem precisam mais votar, mas pergunte a um velho com mais de setenta anos se ele não quer mais votar? A resposta será NÂO eu quero votar!
Ele sabe pela sua experiência o valor que o voto tem, além de tudo nessa hora ele é respeitado.
Acabou a eleição acaba o seu valor, o estatuto do idoso de nada serviu ninguém nem sabe o que diz nele, e quando um velho reclama do seu direito logo dizem: “Está esclerosado”!
Já aconteceu comigo, e ainda não cheguei aos setenta.
Político esperto dá valor ao velho, pois sabe que com esse voto conta, e ainda muitas vezes convence aos netos a votar nesse ou naquele candidato.
O governador Sérgio Cabral desde cedo rapaz ainda compreendeu, esse valor e sempre ganhou suas eleições com votos de muitos idosos incluindo o meu.
Candidatos é isso aí, VELHO VOTA!
©Marlène Tavares
a Palita
Rio de Janeiro,8 de fevereiro de 2010

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A Volta


Pintura de Isabel Guerra



A Volta

Pensava eu comigo, que tu nunca aqui voltarias.
Enganei-me, todo criminoso volta ao local do crime.
Diz o ditado popular, acho que foi por isso que voltaste.
Devias imaginar que eu coitada, arrasada, estaria.
Qual surpresa deves ter tido, ao encontrar-me sublime.
Linda, prazerosa, sem ti a amarra que me atava soltou.
Estou feliz agora, sofri, não vou mentir, mas passou.
Tudo passa nessa vida, tristeza, saudade, também passam.
Agora tu já sabes, tu também passaste, o vento te levou,
Amor e ódio andam de mãos dadas, descobri que se casam.
Senti amor, senti ódio também, hoje tudo que sinto é VITÓRIA!
©Marlène Tavares

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Ecos


Ecos

Nos beijos e abraços que hoje tenho
Ecoam lembranças de passado distante.
Visões de amores que me empenho
Em lembrar, por me ser tão confortante.
São ecos da alma que no pensamento
Vagueiam como campos verdejantes
Brilhantes que retornam em depoimento.
Lembrando na vida as estrelas cintilantes
Do amor que julguei nunca mais sentir,
E hoje posso dizer sem medo de mentir
Amo e muito, como já amei outrora;
Surgiu em minha vida de novo a AURORA!
Como surgiu, também foi logo EMBORA!
Eu continuei amando, e por esse amor chorando!
© Marlène Tavares

Biombos Flagelados





Biombos Flagelados


Atrás de biombos flagelados
Nada consegue se esconder
Nem amores, ou beijos trocados
Fica tudo a se ver.
Não se podem enviar flechas venenosas.
Se incandescente, pega o biombo fogo
Não afeta corações, armados com rosas,
Pobres coitados, que fazem disso um jogo!
Mandar beijos é insensato, melhor é recebê-los...
Assim, se dê por satisfeito se conseguir tê-los!
©Marlène Tavares

Amor ou desejo?




Amor ou desejo?

Palavras são ditas, vidas são narradas
esperanças em uma nova vida, embaladas.
Depois a realidade que chega e maltrata
ao vermos que na verdade, não fomos amadas
Fomos usadas, unicamente fomos desejadas!
O coração cansado transborda de tristeza
em silêncio se cala, diante de tanta vileza.
As nossas verdades foram esquecidas,
com sutileza, nos levam a uma despedida.
Onde ficaram meus pavores revelados?
Em que diminutos espaços foram colocados?
Minha vida narrada não foi nada?
Quais foram os motivos? Houve tristeza?
Houve mágoa? Simplesmente fui destratada,
por minha vida não ter dado, para minha defesa!
Ainda tem coragem de dizer que me ama
quando apenas me deseja!
Assim são determinados homens!
© Marlène Tavares

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010




Palavras de amor.

Palavras de amor é quase um luxo,
Fácil dizer: amo-te e tão somente.
Sem muitas delongas, sem fluxo
Parecendo-me até, ser indiferente.

Foi-se o tempo das belas ternuras,
Das palavras que doce soavam
Aos ouvidos, levando a alma às alturas.
Ecoavam como os sinos badalavam!

Hoje a correria do mundo, da vida
Faz parecer o amor corriqueiro.
Sentimentos são coisas vencidas,
Tudo é passageiro, até o parceiro.

Sinto saudades, muitas saudades
Do tempo que não volta mais.
Palavras de amor, de felicidades
Eram imortais, transcendentais!

O amor mudou, ou mudei eu?
Somente eu que sinto a diferença?
Nada disso na vida aconteceu?
Será só minha, a descrença?

Responda quem quiser!

© Marlène Tavares

Eu me chamo amor!










Eu me chamo amor!

Eu sou coração em chamas,
pássaros em revoadas
na tempestade de raios, a trovoada.
Sou à noite com quem sonhas.
Sou o algo, que tanto clamas,
sonho de rosas,caídas nas estradas,
pelos passantes, chutadas e pisadas.
Que importa? Sou quem tu amas!

Se pelos ventos da vida sou disperso.
Teu coração alto firme grita; Não!
Procuras-me e encontra meus versos.
Sou de ti a mais pura e linda fantasia,
Encravada, fincada em teu coração,
Sou em ti a bela e singela sinfonia!
EU SOU AMOR
© Marlène Tavares



sábado, 30 de janeiro de 2010

Quem ama Insiste










Quem ama Insiste

Quem ama não desiste nunca; Insiste.




Vence intempéries vence barreiras




Enfrenta preconceitos, faz do seu amor.




Seu alimento. Grita alto é a sua bandeira,




Seu bem maior. Não o faz nunca ficar triste.




Ao contrário: Se esmorece, enfraquece.




Podes crer meu amigo, imitação existe.




O que sentias podia ser tudo menos;
"amor!"



© Marlène Tavares

Diáfana Saudade





Diáfana Saudade

Sentirás saudades, muitas saudades...
Tentarás suplantar com amenidades,
a dor que sentirás dentro do teu peito.
Infelizmente, tentarás, e não conseguirás.
Penetrei bem no fundo do teu coração.
Tentarás esquecer-me; não surtirá efeito.
Tentar amar outra? Tu não serás capaz.
Nunca mais em ti, vibrará outra paixão.
Jamais em tua vida; Tu, te sentirás satisfeito!
© Marlène Tavares

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Saudosa




Saudosa é a que carrega
amarguras no coração,
e com emoção, as entrega
a quem a deixou saudosa!
© Marlène Tavares

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Cortejo


Cortejo



Pela minha porta um cortejo esta saindo.
Parece um cortejo fúnebre, mas não carrega defunto.
Levam meus sonhos, esperanças, minhas ilusões.
Para onde levam minha vida? Para aonde vão?
Pergunto, pois de tudo meu, é o conjunto.
Vão saindo devagar, uns depois do outro,
Devagar, e tudo me é familiar, é peculiar.
Ouço nomes chamados, de pessoas que amei,
De nenhuma me é concedido um só olhar!
Na minha mente há um lusco-fusco,
Que a tudo acinzenta, e encobre de um matiz crepuscular.
Como as chamas das velas, dissipam-se do nada,
Deixando para trás meu coração, ecos de poesias esquecidas,
Está tudo indo embora, escuto de longe uma música sonora.
Vai ficando só lamento e escuridão dentro de mim.
Sonhos que não foram vividos ficam contidos,
Esquecidos, apenas como uma lenda dentro do coração.
Penosamente vejo o cortejo fazer seu percurso,
Levando a caminhada da minha existência.
O que aconteceu eu morri, ou foi minha mente?
Não te atormentes, nem te enganes foi somente
Uma poetisa medíocre, incoerente.
Que fugiu de dentro de ti!
© Marlene Tavares
Niterói 15/02/2009

As flores do lodo








As flores do lodo

Embora muitos não acreditem
Belas flores no lodo nascem.
A maravilhosa Vitória Régia
Não precisa de nenhuma estratégia
Para que a vejam e apreciem.
No lodo encontra-se majestosa,
Gloriosa; os olhares prendem.
Branquíssima a flor de lótus
No lodo flutua, e se alimenta
Retirando do sol e da lua; a luz!
E as alvas garças suavemente
Pousam no lodo, em contraste
Com toda a sujeira consistente.
Assim existe no lodo a graça,
O amor e a beleza. Nele aumenta,
O que o preconceito- rechaça!
©Marléne Tavares
Niterói, 29/10/2009