domingo, 7 de fevereiro de 2010

A Volta


Pintura de Isabel Guerra



A Volta

Pensava eu comigo, que tu nunca aqui voltarias.
Enganei-me, todo criminoso volta ao local do crime.
Diz o ditado popular, acho que foi por isso que voltaste.
Devias imaginar que eu coitada, arrasada, estaria.
Qual surpresa deves ter tido, ao encontrar-me sublime.
Linda, prazerosa, sem ti a amarra que me atava soltou.
Estou feliz agora, sofri, não vou mentir, mas passou.
Tudo passa nessa vida, tristeza, saudade, também passam.
Agora tu já sabes, tu também passaste, o vento te levou,
Amor e ódio andam de mãos dadas, descobri que se casam.
Senti amor, senti ódio também, hoje tudo que sinto é VITÓRIA!
©Marlène Tavares